missionario in Aleppo, Siria, da parte di Rosa Martins su Vatican News
Para a população Síria, devastada pela guerra civil que assola o país há mais de 13 anos, as consequências drásticas do terremoto de magnitude 7,8 graus de fevereiro do ano passado, deixando mais de seis mil mortos, são mais uma crise dentro da crise.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 10,9 milhões de pessoas foram afetas em Aleppo, Hama, Latakia, Idilib e Tartus, no noroeste da Síria. A região já vinha lutando para reconstruir a infraestrutura vital, fortemente danificada pelo bombardeio aéreo contínuo, durante a guerra. O coordenador humanitário da ONU, na Síria, El-Mostafa Benlamlih, conta que “essas cidades são cidades fantasmas. Com medo, as pessoas não querem voltar para suas casas. Se é que podemos chamá-las de casas nesses casos. Às vezes são ruínas”, afirmou.
Quando o amor reconstrói a esperança no caos O Missionário focolarino, Domingos Dirceu Franco, natural do Paraná, vive desde 2019 na cidade de Aleppo e trabalha também em outras cidades, como Homs e Banias/Síria. A cidade de Homs foi destruída mais de 60% pela guerra. Economista, é atualmente diretor do Projeto de Geração de Renda (Restart), uma rede de projetos sociais que ajudam as pessoas que perderam tudo, durante a guerra, a reconstituírem a sua história.
Em entrevista à Rádio Vaticano – Vatican News, Franco contou que com a retomada dos conflitos no mês de outubro passado e com o inicio da guerra na Faixa de Gaza, a situação na Síria tem se agravado, principalmente nas últimas duas semanas. “Procuramos oferecer uma resposta concreta às pessoas através de uma mensagem de esperança”, afirma.
Domingos ressalta que não obstante o clima de guerra, o trabalho missionário é uma muito rico, uma vez que cristãos e mulçumanos, destinatários da missão focolarina, “além de contarem com a estrutura que oferece mais de 80 projetos de geração de renda (30 destes na cidade de Homs), também são formados a partir dos valores da cultura da partilha e do bem comum. Fornecemos os equipamentos necessários para que elas possam recomeçar e é um modo de ajudar a juventude a permanecer no país para evitar a imigração”, explica.
O missionário chamou a atenção para o importante papel da comunidade internacional diante da guerra na Síria. “E preciso de um grande esforço, de uma grande tomada de consciência em âmbito internacional para que a situação possa melhorar e as pessoas viverem com mais dignidade“
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